Resumo
Neste trabalho tentei explicar o fenómeno do terrorismo. Analisei o quanto assenta no impacto psicológico negativo sobre a pessoa humana, e como conseguiu mais um sucesso na História, a 11 de Setembro de 2001 nos EUA, ao atacar a única superpotência à escala planetária que, até então, se julgava invulnerável; impingindo sofrimento através de operações de contravalor, desta feita, pela mão de membros da Al-Qaeda, fundamentalistas islâmicos defensores de uma neo-jihad, contra os infiéis e odiados ocidentais, a quem acusavam de os obrigar a aceitar valores como a democracia, o pluralismo e a economia de mercado, trazidos pelos ventos da globalização. Procurei ainda avaliar o quanto é mais perigoso este terrorismo de índole religioso e desterritorializado, qual a natureza da sua acção, que material ensina a usar, e que tipo de pessoas geralmente constituem o seu braço armado; o quanto visam atacar inocentes, sobretudo de sociedades habituadas a valorizar a liberdade, a vida e a compreensão mútua – sendo, por isso mesmo, alvos mais fáceis e apetecíveis; porque o objectivo é destabilizar, apanhar de surpresa e desorganizar o inimigo; é germinar a incerteza na população ou até a suspeita em relação às instituições; é obrigar os governos a investir na segurança; é, se possível, culpar as vítimas das próprias acções dos terroristas. Resta à sociedade ocidental não sucumbir à pressão e evitar cair em mais armadilhas. Da parte dos terroristas, como foi demonstrado depois de 11 de Setembro, por exemplo, em Bali e na Turquia, estes não vão desistir dos seus objectivos, incluindo os fins políticos, quer os consigam, quer não; porque o tempo, pensam eles, joga a seu favor.
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