SOUSA GALITO, Maria (2011). Diplomacia Económica de Portugal no Atlântico – Lusofonia e EUA. CI-CPRI, AI, Nº15, pp. 1-149.
AI: Artigo de Investigação
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ABSTRACT
Investiga-se sobre Diplomacia Económica de Portugal no Atlântico. Se a intervenção diplomática foi factor de evolução do Comércio e do IDE com o Brasil, os PALOP e os EUA, entre 1986-2006. Estudam-se mudanças ocorridas no período pós Guerra-fria, os efeitos do processo da globalização e da interdependência das economias, a redefinição do papel do Estado. A Diplomacia Económica apresenta-se como área de especialidade da Diplomacia, ao almejar objectivos em função de resultados; ao conferir importância às negociações económicas; ao apostar na intelligence económica como instrumento ao serviço dos interesses económicos nacionais.
Em Portugal, a Diplomacia Económica já existia antes de ser lançada para o discurso político pelo então Ministro dos Negócios Estrangeiros, António Martins da Cruz. Mas admite-se que tenha sido repensada e reformulada com a entrada para a União Europeia ou a partir de 2003.
Entre 1986/2006, o país investiu numa política externa mais ou menos consistente, inclusive em relação aos países lusófonos e aos EUA. Pode ter investido na internacionalização da economia, na promoção das exportações e a atracção do IDE do ponto de vista empresarial, mas também da cooperação, da AID e, indirectamente, através de acordos políticos, sociais ou culturais, com repercussões económicas. Mas se Portugal manteve uma visão estratégica quanto à meta, pode não a ter prosseguido da forma mais eficiente; descurando um modelo único de Diplomacia Económica e de intelligence económica estruturado, também em função de reformas constantes, com visões diferentes de como o sistema podia ser estruturado.