RESUMO (ABSTRACT)
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é um projecto em permanente evolução desde a sua criação em 1996. Se a princípio a cooperação económica não era talvez considerada uma prioridade, entretanto, houve uma viragem estratégica, que conduziu à recente institucionalização da Confederação Empresarial da CPLP, com vista à promoção e ao apoio das relações comerciais e de investimento entre países lusófonos, as quais são analisadas neste artigo. Não é possível descurar que nos mercados da CPLP há descontinuidade geográfica, o que eleva os custos de produção. Os Estados-membros também possuem prioridades diferentes e estão inseridos em vários tipos de integração regional. Portugal aderiu à União Europeia e pertence a um pólo estruturante da economia global: uma União Económica e Monetária. O Brasil é Estado-membro da Mercosul. Moçambique aderiu à Commonwealth. Angola e Moçambique participam na SADC. Cabo Verde e Guiné-Bissau aderiram à CEDEAO. Angola e São Tomé e Príncipe são Estados-membros da CEEAC. Ainda assim, admite-se que os distintos processos de integração regional são complementares e que há mecanismos privilegiados de diálogo político resultantes de parcerias estratégicas que conferem um impulso real às relações económicas entre lusófonos. Há interesses comuns passíveis de impulsionar um projecto mais amplo no longo prazo. São essas vantagens e desvantagens ao nível do comércio e do investimento que são avaliadas neste artigo.
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SOUSA GALITO, Maria (2011). Geoeconomia Lusófona. CI-CPRI, AI, Nº11, pp. 1-39.