Entrevistado: Dr. Gedião Vargas
Secção Comercial da Embaixada do Brasil em Lisboa (2006)
Ler Entrevista em PDF: ENT16-Gediao-Vargas
«O mercado português é relativamente pequeno, ainda mais em relação ao mercado brasileiro. A oferta brasileira é gigantesca. A embaixada brasileira não é aquele organismo incontornável, que todos os empresários brasileiros tenham de consultar; mas mesmo não sendo esse catalisador indispensável do mercado Brasileiro para Portugal, nos últimos três anos, fez mais de 300 consultas a produtores de cachaça (um artigo convencional/tradicional brasileiro, como seria o azeite português). Mas existem três ou quatro efectivos importadores portugueses interessados nesse produto. Portanto, as exportações brasileiras são gigantescas e geram uma sobrecarga no mercado português. O importador já não quer saber de missões brasileiras relacionada com cachaça. Esse mercado já está pressionado, ao ponto de o produtor brasileiro ter dificuldades em entrar e exportar para Portugal. O mercado luso é aberto mas atingiu, em certos casos – não digo a saturação – mas o seu limite natural.»
SOUSA GALITO, Maria (2006). Dr. Gedião Vargas. In (2007) Trinta Entrevistas no Âmbito da Diplomacia Económica de Portugal no Atlântico. CI-CPRI, ENT, Nº16, pp. 133-142.