Vivemos numa sociedade globalizada e competitiva, supostamente mais democrática e integrada, onde a informação abunda e circula. A vida é uma corrida, em que os mais fortes e os protegidos chegam primeiro, em que todos os outros ficam para trás. Reina a lei do mais forte do darwinismo social, num contexto de mediatismo da desgraça e da exceção negativa, ou da frivolidade e do materialismo. Uma sociedade demasiado ocupada para ter tempo para a comunidade, o associativismo, a confraternização e o fortalecimento familiar. Para educar e regrar, para saber punir a falta de escrúpulos e digerir o individualismo. Impera a celeridade no quotidiano e a distância virtual dos contactos. O lado humano das pessoas mais frágeis é posta à prova de forma evidente, podendo desvincular-se do sistema e quebrar-se em apatia ou violência.
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SOUSA GALITO, Maria (2011). Sociedade Internacional e os Tiroteios em Espaço Público. CI-CPRI, AO, N.º 13, 9 Abril, pp. 1-2.